Professor do IFSP pretende construir impressora 3D capaz de fabricar cerâmica
Docentefoi premiado com melhor artigono Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação
O professor ÍtaloLeite deCamargo, doCâmpusItaquaquecetuba,foi recentemente premiado pelaapresentação doestudo, considerado omelhorartigo da edição 2021 doCongresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (Cobef).Na pesquisa, odocentediscute apossívelredução de custos na fabricação de componentes de cerâmicaem pequena escalacom o uso de impressão 3D, o quepode permitirque pequenas empresas e laboratórios se beneficiem dessa técnica.

De acordo com o professor, os materiais cerâmicos são conhecidos pela sua alta resistência à temperatura, inércia química, resistência ao desgaste e por usualmente serem bons isolantes térmicos e elétricos.Segundoele, cerâmicas avançadas têm aplicações nas mais diversas áreas, como células de combustível, sensores automotivos, próteses e aplicações dentárias.
Ítalo conta que existe uma demanda crescente por componentes cerâmicos personalizados (ou em pequena escala) com geometrias complexas.“Nesse contexto, a impressão 3D (também conhecida como manufatura aditiva) se destaca pela possibilidade de atender a essa necessidade sem os altos custos associados à fabricação de moldes dos processos convencionais de processamento cerâmico”, afirma.O professor disse aindaqueessa técnica consegue fabricar componentes com geometrias que seriam muito difíceis ou até mesmo inviáveis por outros métodos de fabricação.
O pesquisadorressaltaque, embora a impressão 3D já seja bem estabelecida para materiais poliméricos, o uso dessa técnica para fabricar cerâmica avançada ainda está restrito a grandes indústrias,devidoaos elevados custos dos equipamentos e à dificuldade de se obter matéria-prima adequada ao processo.“Meu trabalho visa à fabricação de cerâmica avançada por impressão 3D com um custo reduzido, o que pode permitir que a técnica seja adotada em pequenas empresas e laboratórios”, afirmou ítalo.
O trabalhopremiado pelo Cobeffaz parte da pesquisa dedoutoradoque oprofessorestá desenvolvendo na EESC-USP, sob orientação do professor Carlos AlbertoFortulan.Segundo ele, o estudoabordatrêsgrandes vertentes:
1 -Projeto e construção de uma impressora 3D capaz de imprimir cerâmica;
2 -Estudo epreparação de matérias-primas compatíveis com o equipamento fabricado;
3 -Fabricação e teste de componentes cerâmicos.
Ítalo conta que, além da premiação no Congresso Brasileiro de Fabricação, a pesquisa já rendeu publicações internacionais em revistasQualisA1.“Vale destacarque um desses artigosfigura há meses entre os mais baixados de uma das principais revistas da área”.Acesse.
Atualmenteo professor estáafastado para a conclusão do doutorado, que deve ocorrer no segundo semestre de 2022.Ele conta que, antes do afastamento, trabalhou com a impressão 3D em vários projetos noCâmpusItaquá, como aimpressão 3D demedalhas personalizadas para uma competição, o uso da técnica paraafabricação deengrenagens de um drone que haviam sido danificadase a produção demateriais didáticos com o auxílio da impressão 3D.
Alémdisso, Ítalorevelou queiniciouuma parceria com o professor Eduardo Bock, doCâmpusSão Paulo, cujotrabalha com bombas de sangue (coração artificial).“Temos trabalhado no sentido de produzir, em cerâmica, o rotor (componente dessa bomba que conta com uma geometria complexa).”
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