Alunos do IFSP participam de projeto inédito na América Latina
Projeto consiste no lançamento de um foguete a partir de um balão estratosférico
Ana Luiza Poletto Loss e Kael Loureiro de Bastos, alunos do Câmpus São Carlos do IFSP, participam de um projeto inédito na América Latina: o lançamento de um foguete a partir de um balão estratosférico. A previsão para o lançamento é o dia 7 de setembro de 2022, quando se comemora a Independência do Brasil.
Ana, aluna do 6º semestre de Tecnologia em Manutenção de Aeronaves, e Kael, aluno do 6º semestre de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, são membros do Topus Projetos Aeroespaciais, grupo extracurricular da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), formado por estudantes da USP, IFSP e UFSCar, que projeta e constrói foguetes, realiza pesquisas relacionadas ao assunto, organiza eventos sociais e participa de competições.
Em 2021, a WallJobs (plataforma de vagas de trabalho para jovens) convidou o grupo Zenith – também da EESC-USP voltado para o estudo e o desenvolvimento de sistemas com aplicação na indústria aeroespacial – para o desafio inédito. A Zenith, por sua vez, convidou o grupo Topus, com mais experiência em foguetes. As duas equipes se uniram e formaram a Zeus-22. “Parecia um projeto muito improvável”, revela Ana Luiza.
A estudante explica que o objetivo principal do lançamento é validar o conceito de Rockoon (rocket and baloon), ou seja, realizar o lançamento do foguete a partir um balão a uma altitude aproximada de 30 km. O principal benefício dos Rockoons é a economia de combustível e de material para o lançamento.
A partir desse feito, o grupo deve gerar publicações, dados e outros documentos que ficarão disponíveis para todos os interessados em acessá-los. “Além do mais, deixarem em aberto para futuros novos experimentos e, quem sabe, startups”, aponta.
Ana í foi convidada para ser a chefe de qualidade do projeto. Dentre os 11 cargos, ela é a única mulher. “Eu fiscalizo o cumprimento das normas, padrões estabelecidos pelo grupo, documentos, segurança e acompanho o andamento dos trabalhos”, explica. Já Kael, um dos três diretores do conselho técnico, auxilia o Marketing e é membro da equipe de estruturas.
Para ele, um dos diferenciais desse trabalho é o apoio e incentivo que estão recebendo. “Estamos com grandes expectativas, é um projeto bem grande e inovador na área. Os trabalhos já tiveram início, especialmente na camada da gestão e está sendo bem interessante trabalhar com uma equipe grande, lidando com patrocinadores, apoiadores e entusiastas da área”.
A chefe de qualidade do projeto também demonstra empolgação: “As expectativas estão muito grandes, aquele friozinho na barriga começou cedo”, diverte-se. “É algo tão grande para ambas as equipes, muita coisa ainda não existe e vamos ter que criar do zero, validar muitos conceitos de cada componente e do projeto em geral, antecipar o que pode dar errado e deixar tudo alinhado até o dia do lançamento”.
Tanto o lançamento quanto a recuperação da sonda e do foguete estão previstos para o dia 7 de setembro. Até lá, o grupo tem cinco grandes fases de entrega de trabalhos. A primeira, em janeiro, foi conceber a missão e a estruturação da equipe. A próxima será o desenvolvimento do conceito preliminar e os primeiros testes de subsistemas, com previsão para abril. No fim de maio, o grupo finaliza o conceito refinado, realiza os testes de integrações e simulações. Até o fim de junho está prevista, entre outras, a finalização de simulações do sistema completo. No dia 3 de setembro será finalizada a manufatura e a montagem do projeto, além dos ajustes finais para o grande dia.
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