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Estudantes do IFSP são premiados na Febrace 2024

Cinco projetos, entre seis finalistas, foram premiados nas categorias gerais ou outorgadas por empresas e organizações científicas

  • Publicado: Terça, 26 de Março de 2024, 21h18
  • Última atualização em Quinta, 28 de Março de 2024, 00h00
  • Acessos: 11653

A 22ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior mostra pré-universitária de projetos de ciências e engenharia do Brasil, premiou cinco projetos de estudantes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), dos campi Bragança Paulista, Campinas e Registro.

Realizada entre os dias 18 e 22 de março, na Universidade de São Paulo (USP), a Febrace contou com a exposição de 226 projetos finalistas, desenvolvidos por 498 estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todos os estados e do Distrito Federal.

Os trabalhos finalistas foram selecionados entre 2.900 projetos inscritos, um número recorde nos 22 anos da feira. Grande parte deles está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que busca soluções para problemas complexos que afligem o planeta e as comunidades nas quais os estudantes estão inseridos.

Durante a mostra presencial, os projetos finalistasforam avaliados e classificados em primeiros, segundos, terceiros e quartos lugares de cada área das Ciências (Exatas e da Terra, Biológicas, da Saúde, Agrárias, Sociais e Humanas) e Engenharias, e contemplados com troféus, medalhas e certificados. Diversas instituições públicas e privadas também ofereceram prêmios, como estágios, bolsas de estudo, equipamentos eletrônicos, visitas técnicas e credenciais para participação em outras feiras nacionais e internacionais.

O objetivo da Febrace é estimular a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo na educação básica e técnica, despertando novas vocações nessas áreas e induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas.

Premiados do IFSP
Franciele e o prof. Rafael Prearo, do Campus Bragança Paulista

Conquistando o primeiro lugar na categoria geral na área de Ciências Humanas, o projeto "Registro de 'preto' e 'negro' em dicionários de língua portuguesa" foi desenvolvido pela estudante Franciele de Souza Meira, do Campus Bragança Paulista, sob a orientação do professor Rafael Prearo Lima.

O objetivo do trabalho foi realizar um percurso histórico dos termos “preto” e “negro” em dicionários de língua portuguesa para reconhecer as marcas ideológicas encontradas nesses verbetes. Os resultados indicam primeiramente que as definições são ideologicamente marcadas por um tom racista quanto às entradas de “preto” e “negro”, fruto de um discurso pró-escravidão da época de publicação dessas obras. Assim, foi possível constatar como os discursos presentes na sociedade incidem na produção de verbetes. Em segundo lugar, apesar do longo período de mais de dois séculos entre as obras, constatou-se que os registros mantiveram as mesmas ideias.

A inspiração para o projeto veio a partir do interesse de Franciele pelas disciplinas de História e Sociologia, principalmente nos temas voltados às questões raciais. E a dedicação valeu a pena! “Participar da Febrace foi sensacional! Tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas, de diferentes partes do Brasil, e ver muitos projetos excelentes. Conseguir ganhar em primeiro lugar em Ciências Humanas é indescritível, ainda mais sabendo o quanto a Febrace é uma feira grande e de peso!”, conta a estudante.

Confira a apresentação do projeto

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O projeto “AID health diabetics: sistema portátil para refrigeração de insulina”, das alunas Giovana Rocha dos Santos e Letícia Petitto, do Campus Campinas, sob orientação e coorientação dos professores Edson Anício Duarte e João Alexandre Bortoloti, respectivamente, conquistou três prêmios: o terceiro lugar na categoria geral na área de Engenharia; destaque do Fórum CCNTs (grupo de lideranças para melhoria de condições crônicas não-transmissíveis), e homenagem do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP).

O projeto desenvolveu uma tecnologia semicondutora das células Peltier para auxiliar e facilitar o transporte e refrigeração de insulina. Um protótipo foi idealizado para ser portátil e manter o medicamento entre uma temperatura de 2ºC a 8ºC, com previsão de resfriamento do sistema em até 20 minutos, mantendo a temperatura sem energia elétrica por até quatro horas. O público-alvo são pessoas que precisam fazer o uso diário de insulina e normalmente não possuem condições adequadas para o armazenamento fora de suas residências, seja no trabalho, em visita, ou mesmo em viagens.

“A participação em feiras e na iniciação científica representa um importante passo na minha jornada acadêmica, pois me permite desenvolver habilidades de pesquisa, comunicação e trabalho em equipe, além de contribuir para a construção do meu currículo, crescimento pessoal e profissional. Tudo isso me motiva a continuar entusiasmada para explorar esse mundo fascinante e contribuir para avanços significativos no campo da ciência e da engenharia”, relata a medalhista Letícia Petitto.

Confira a apresentação do projeto

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Também sob a orientação dos professores Edson Duarte e João Bortoloti, o projeto “AID Tech! dispositivo microcontrolado de auxílio a acamados utilizando o protocolo de Manchester”, realizado pelos alunas Gabrielly Andrade Garcia Rodrigues, Isadora Alves dos Santos e Maira Beatriz Linhares, de Campinas, foi premiado com a Homenagem pelo Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP) e também recebeu o Destaque do Instituto 3M do Brasil.

Na pesquisa foi desenvolvida uma tecnologia assistiva para sinalizar aos cuidadores de idosos ou de pessoas acamadas o nível de urgência da solicitação de chamada dos seus pacientes baseada no protocolo de Manchester (de classificação de níveis de urgência de atendimento). Assim, em um equipamento com um microcontrolador, o usuário aciona botões de acordo com a urgência do seu chamado. Essas informações serão transmitidas para um painel que terá sinalização visual e sonora para que o cuidador saiba da entrada da chamada e sua respectiva urgência.

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As fantásticas histórias de Malba Tahan em Libras: possibilidades de tradução, contação de história e matemática” é o título do projeto desenvolvido pelos estudantes Mariana Paiva Mendes e Braian Azevedo Alcini Ribeiro, do Campus Registro, sob a orientação dos professores Douglas Daniel (orientador) e Elaine Jeremias Pereira Costardi (coorientador), que recebeu o prêmio concedido pelo Museu Paulista da USP.

A partir do livro “O Homem que Calculava”, do escritor modernista brasileiro Malba Tahan, o projeto buscou compreender os desafios e as possibilidades de tradução e contação em Língua Brasileira de Sinais (Libras). As análises indicam o potencial didático pela interação entre os envolvidos no processo de tradução das histórias: professores, intérpretes e discentes (surdo e ouvinte), possibilitando formas de expressão artística que exploram a visualidade inerente da Libras aliada a recursos gráficos, tomando as narrativas como elemento central para o desenvolvimento criativo ancorado no ensino da Matemática por meio da leitura e interpretação de histórias.

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Também do Campus Registro, o projeto “Desenvolvimento da automatização com IoT da hortIF: horta comunitária do IFSP/RGT”, dos alunos Murilo de Oliveira Lima, Murilo Gomes de Camargo e Yan Gabriel de Oliveira Albuquerque, com a orientação e coorientação dos professores Raphael de Abreu Alves e Silva e Rodrigo Andrade da Cruz, respectivamente, conquistou a homenagem do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo.

Por meio de projeto de irrigação automatizada usando “Internet das coisas”, os estudantes levaram em conta a dificuldade de pequenos produtores que não possuem recursos parasistemas de automatização agrícolas. Assim, por meio de um sistema de automatização autônomo e com uma lógica de decisão com base em grandezas captadas por sensores de baixo custo e acessíveis, é possível realizar a irrigação com um melhor aproveitamento da água e trazendo a máxima redução de custos. Todas as informações do sistema podem ser visualizadas, e ele pode ser controlado de forma simples e interativa, pelo uso de um aplicativo em desenvolvimento pelo grupo, que permite a interferência dos responsáveis e adequação às necessidades do plantio.

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Projetos, etapas e apoio
Outro finalista da Febrace foi o projeto “Relações sexuais entre pessoas designadas mulher ao nascer: desenvolvimento de preservativo e contribuições teóricas no campo das Ciências Sociais”, das alunas Isadora Ribeiro Vital e Hevely Pereira de Oliveira, do Campus Suzano, sob a orientação da professora Marcela Loureiro Alves e coorientação da professora Alana Melo dos Santos. Saiba mais em

Para chegar à etapa da mostra presencial, centenas de projetos concorreram em uma primeira seleção, onde professores universitários e pesquisadores de diferentes universidades e centros de pesquisa do Brasil avaliaram os inscritos e selecionaram cerca de 500 projetos semifinalistas. Entre eles, doze eram do IFSP.

Na semifinal, os estudantes selecionados participaram da apresentação e avaliação ao vivo pela internet. Os critérios utilizados foram criatividade e inovação; conhecimento científico do problema; forma de levantamento de dados e condução do projeto; profundidade da pesquisa, clareza na apresentação da documentação do projeto e na apresentação oral. Os aprovados nessa fase foram indicados para a feira.

Os projetos finalistas do IFSP receberam apoio financeiro para custeio total ou parcial das despesas dos estudantes com transporte, alimentação e hospedagem, por meio do edital do Programa Institucional de Inticenvo à Participação Discente em Eventos (PIPDE) do IFSP, por iniciativa da Pró-reitoria de Extensão (PRX), Pró-reitoria de Ensino (PRE), da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRP) e da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia do IFSP (Inova).

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