Meu câmpus tem estudo de minerais para aplicação em dosimetria das radiações
Grupo de pesquisa conta com dez alunos do Câmpus São Paulo
No Câmpus São Paulo, dez alunos se dedicam ao estudo de minerais brasileiros para aplicar em dosimetria das radiações, sob a coordenação do professor Neilo Trindade.
A radiação ionizante, aponta o professor, desempenha um papel central no desenvolvimento da área estratégica tecnológica nuclear em vários campos. “Por exemplo, todos nós desfrutamos dos benefícios da radiação, tanto para diagnósticos, tal como nas radiografias, quanto para terapia, no tratamento de câncer. Por outro lado, o mundo também testemunhou situações de risco associadas à exposição à radiação, como explosões de bombas e acidentes em usinas nucleares”.
O estudo objetiva desenvolver métodos para a determinação quantitativa da energia depositada em um determinado meio por radiação ionizante direta ou indiretamente. Esse campo de ação é denominado dosimetria. Neilo relata que, nesse caso, materiais dosimétricos, naturais e/ou sintéticos, são utilizados para monitorar doses pessoais e ambientais, bem como doses de radiação recebidas em atividades médicas, espaciais e de segurança.
Para os estudos, usando técnicas luminescentes, são utilizados minerais e cogumelos como detectores de radiações ionizantes e UV, a fim de potencializar o uso de recursos naturais. “Também será investigada a síntese de cerâmicas à base de óxidos por rotas mais simples e baratas do que os usados em dosímetros luminescentes comerciais, na sua maioria importados”. A motivação principal, indica o professor, é fomentar materiais e processos nacionais para uso em dosimetria, assim como divulgar internacionalmente e prospectar parcerias empresariais e acadêmicas nesse ramo.
Os estudos tiveram início nos pós-doutorados do docente, quando o grupo de pesquisa do qual fazia parte se interessou em estudar dosímetros naturais, como minerais e fungos de origem nacional, que encontram aplicação em dosimetria retrospectiva de dose em casos de acidentes nucleares, e podem ser uma alternativa de menor custo aos sintéticos. Segundo Neilo, os pesquisadores também têm interesse em desenvolver materiais cerâmicos à base de óxidos, assim como dzóٴDz de minerais e polímeros, os quais têm a vantagem da síntese controlada e dos altos níveis de reprodutibilidade, além de aplicações em diversas áreas que envolvem proteção radiológica, como hospitais e viagens espaciais.
No Câmpus São Paulo do IFSP, Neilo Trindade conta com uma equipe de dez alunos pesquisadores: Isabela Alves Ferreira (licencianda em Física — bolsista Fapesp), Alexia Oliveira Silva (licencianda em Física — bolsista Fapesp), Roberto Turibio Ebina Kawanaka Martins (licenciando em Física — bolsista Pibic), Victor Lucas Ramos Granado (licenciando em Química — bolsista Fapesp), Kethellyn Cristine da Silva Coelho (licencianda em Química — bolsista PIBIFSP), Pedro Octavio Lardaro (licenciando em Física — bolsista Fapesp), Yasmim Freire Amorim (licencianda em Física — bolsista PIBIFSP), Cecília Mouta (licencianda em Física — voluntária), Miguel Luís Rodrigues (pós-graduando em Engenharia Mecânica), Brayan Oliveira da Silva (aluno de Engenharia de Controle e Automação).
A participação de alunos, enfatiza o professor, “é primordial para o desenvolvimento dos projetos, são eles que dão vida a cada parte do processo, fazem a revisão bibliográfica, os experimentos, a organização dos dados e a divulgação da pesquisa”.
Como enviar um vídeo para o programa “O que é que meu câmpus tem?”?
Os alunos interessados em contribuir com o programa podem enviar seus próprios vídeos com duração de, no máximo, um minuto e meio, que devem ser gravados com uma filmadora ou a câmera do celular. Quando se usa o celular, a gravação deve ser feita com o aparelho na vertical, usando a câmera traseira ou frontal (modo selfie).
As pessoas que irão apresentar o projeto devem estar bem próximas à câmera, para que fiquem audíveis. Procure lugares mais reservados, sem a interferência de sons externos (vento, som do evento, barulhos do ambiente). Ilumine bem a cena, grave a favor da luz. Não utilize o zoom digital, pois prejudica a qualidade do vídeo.
Após gravar o vídeo, faça o upload do material bruto (sem a inserção de legendas, trilha sonora e imagens sobrepostas) e de arquivos (fotos ou outrasinformações) referentes ao projeto na nuvem e envie o link com as informações do projeto, nome completo, curso e câmpus para o e-mail.
Para o upload do vídeo, você pode escolher a armazenagem da sua preferência. Indicamos, como sugestão, o SendSpace (https://www.sendspace.com), o Dropbox (https://www.dropbox.com/pt_BR/) e o Google Drive (https://drive.google.com).
Lembre-se de que o material deve ser enviado sem edição.
Em caso de dúvidas, contate aDiretoriade ձëг pelo e-mail.
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