Projeto de Empreendedorismo do IFSP é premiadopelo INPI
Cerca de mil alunos já passaram pela ação desenvolvida noCâmpusRegistrodesde 2018
O Projeto Jovens Mentores de Empreendedorismo — Educação para Apreender e Transformar,idealizadopela professoraRoniseSuzuki de Oliveira, doCâmpusRegistro,foi premiado, na última quarta-feira, 15, pelo concurso I Prêmio PI nas Escolas.

PromovidopeloInstituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),ligado ao Ministério da Economia,o concursotem por objetivo fomentar ainserção da propriedade intelectual nas escolas da rede privada e pública de ensino, em todos os âmbitos. Esse fomento ocorrepor meiode reconhecimento e da valorização de professores e gestores escolares, responsáveis por iniciativas pedagógicas e educacionais de conscientização sobre a importância da propriedade intelectual na vida cotidiana mediante açõesvoltadas acrianças e jovens.
Ainiciativa daprofessoraRoniseobjetivadisseminar a cultura do empreendedorismo inovador e de impacto por meio de metodologias ágeis de forma a empoderar os alunos do ensino médio integrado da Rede Federal para empreender soluções para sua comunidade porintermédio da ciência, tecnologia e inovação.“Ainserção de jovens e adolescentes no mercado de trabalho e a interação com suas comunidades promovem a melhoria das condições de vida, auxiliam também na construção de novas perspectivas de futuro e fixação no território”, avalia a docente.

Até o momento, cerca de mil alunos de cursos técnicos já passaram pelo projeto,criado em2018,que aborda os seguintes conteúdos:empreendedorismo,inovação,modelo de negócios,plano financeiro,proteção intelectual dos projetos,desenvolvimento de marcas,marketing,gestão de projetosedesenvolvimento sustentável.
A docente aponta que a ação visa a toda a família dos estudantes, uma vez que “para cada aluno capacitado na metodologia de jovens mentores de empreendedorismo é um potencial multiplicador dentro das suas famílias no apoio para que pensem em transformar problemas locais em soluções inovadoras e transformadoras”, explica.
As famílias dos estudantes se envolvem no processo deidentificação do problema, de ideias para a solução e de pesquisa de mercado. Ao fim do projeto, é realizadaumabanca de negócios. Nessa atividade final, os familiares também são convidados a participar.

Em2020,o projeto foi adaptado para redes virtuais eestendido aosalunos doInstituto Federal de Minas Gerais (CâmpusPonte Nova), por meio da professoraCássia Pires, com queminicioua parceria em 2019,e doInstituto Federal Fluminense (CâmpusBom Jesusdo Itabapoana).
Em 2021, o projeto passou a ser coordenado pelo professor AndréLuisTessaro,tendoRonisee Meire Ramalho como professoras voluntárias,e foiaprovado pelo Programa IF Mais Empreendedor, o qual atendeumicro e pequenas empresas afetadas negativamente pela pandemia de covid-19. Saiba mais aqui.
Os resultados desses anos de trabalho são incontáveis. Apenas nesta edição do projeto, quatro alunos foram contratados por empresas para as quais desenvolveram soluções e outros dois alunos abriram um negócio próprio para atender empresasparticipantes do projeto.
NauannyCosta, aluna do Técnico em Logística integrado ao ensino médio, chegoutímida aoCâmpusRegistro ese tornou mentora noprojeto. "Todoo meu jeito de pensar mudou. As coisas que antes me davam ansiedade, como apresentações e interação com um público muito grande, hoje são coisas que eu tenho muita vontade e animação em fazer”, revela.

ParaNauanny, tornar-se mentora foi um processo natural. “Você passa meses trabalhando com os conceitos e com as ferramentas e chega um momento que você não precisa mais decorar texto ou falas, tá tudo na sua cabeça. Você já errou tudo o que tinha que errar, aprendeu tudo o que tinha que aprender e agora é só passar esse conhecimento pra frente”, relata a estudante, que também conta arrancar elogios da família: “Minha família acha muito sensacional e sempre fica muito surpresa quando eu demonstro esse conhecimento na área de empreendedorismo”.
Denise da Silva Costa foi a primeira mentora do projeto e diz que este foi "um dos melhores trabalhos que já participei na vida". Já formada no curso Técnico em Logística integrado ao ensino médio, ela voltou a participar das atividades neste ano como voluntária. "É muito bom, mesmo depois de formada, continuar tendo o apoio da professora Ronise e do IFSP. Eu continuo me aprimorando sobre o mundo do Empreendedorismo e da Inovação. E ver esses estudantes empenhados nos dá a esperança de um futuro melhor. Isso me motiva ainda mais a fomentar o empreendedorismo jovem nas escolas para sermos protagonistas na Inovação e do Empreendedorismo Feminino", avalia.
Para a ex-aluna, essa experiência com estudantes de outros estados é enriquecedora. "Conheci novos projetos de outros estados, os quais apresentam outras necessidades. Buscar entender a realidade deles é muito desafiador e é muito gratificante poder ajudar de alguma forma".
Roniseacredita que “o empreendedorismo permite a transformação,a diversidadeea inclusão no seu mais amplo significado.Éuma satisfação ver o envolvimento dos alunos, a reflexão sobre como transformar problemas em oportunidades de inovar.O projetoempodera o aluno para desenvolver soluções para sua comunidade por meio da ciência, tecnologia e inovação, derrubando barreiras e estabelecendo vínculosentreos alunosesua comunidade”, finaliza.
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