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IFSP recebe projeto de educação antirracista

Um projeto submetido por servidores do IFSP foi aprovado pelo Edital Equidade Racial na Educação Básica: pesquisas aplicadas e artigos científicos.

  • Publicado: Terça, 06 de Outubro de 2020, 14h41
  • Última atualização em Quarta, 12 de Fevereiro de 2025, 10h42
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O objetivo é promover uma ação educativa orientada à reeducação das relações étnico-raciais e de gênero em todos os câmpus da Instituição.

O “Projeto AFROIF — currículo, pensamento decolonial e formação docente”, elaborado por um grupo de servidores do IFSP e coordenado pela pedagoga e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), Caroline Jango, é um dos 15, entre os 605 submetidos em todo o Brasil, aprovados pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), iniciativa do Itaú Social em parceria com o Instituto Unibanco, a Fundação Tide Setuba, e a Unicef.

O projeto visa desenvolver uma análise diagnóstica das práticas pedagógicas dos professores do IFSP que atuam na educação básica técnica dos 36 câmpus a fim de levantar dificuldades, limitações, experiências relevantes e potencialidades que tais profissionais possuem para promover uma ação educativa orientada à reeducação das relações étnico-raciais e de gênero e para desenvolver uma proposta pedagógica com perspectiva na história e cultura africana, afro-brasileira e indígena.

Dividido em duas etapas, o estudo aplicará um questionário aos 3.300 docentes do IFSP e, posteriormente, desenvolverá processos formativos inovadores com os professores, a partir dos resultados do diagnóstico, por meio de espaços permanentes de escuta, trocas de experiências e saberes decoloniais e com a criação de núcleos de produção de materiais didáticos e de referência que apoiem a ação educativa nas diversas áreas do conhecimento com perspectiva nas africanidades. Os materiais ficarão disponíveis para consulta pública.

Com a investigação proposta pelo projeto, uma parceria entre o Neabi e o Núcleo de Estudos Sobre Gênero e Sexualidade do IFSP (Nugs), espera-se oferecer ações que viabilizem a consolidação dos conhecimentos afrocentrados que estão sendo pautados na construção dos Currículos de Referência da Educação Básica do IFSP (CRs). As ações visam ainda ao atendimento das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para incluir a obrigatoriedade das temáticas História e Cultura Afro-Brasileira e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, respectivamente, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Caroline Jango aponta que estudos atuais sobre a implementação das leis citadas destacam que a formação continuada de professores afeta diretamente na consolidação de uma educação antirracista, no entanto, o investimento na formação dos profissionais da educação tem sido insuficiente. O projeto receberá R$ 150 mil para a pesquisa aplicada. “Assim, essa pesquisa além de possibilitar um diagnóstico sobre a nossa Instituição, viabilizará ações concretas de formação teórica e prática, com aquisição de recursos, para a inserção efetiva da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena no nosso currículo e prática pedagógica”.

A coordenadora comemora a aprovação do projeto e prevê um grandeimpacto social e educacional sobre o maior Instituto Federal do Brasil. "Também vejo como um reconhecimento que o trabalho que temos realizado, a partir dos núcleos, ao longo desses anos em várias frentes de atuação, tem frutificado”, finaliza.

O planejamento e a organização da execução do projeto tiveram início no dia 1º de outubro. O edital prevê que o projeto seja executado até 1º de abril de 2022.

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